Instalação de janela de vidro não dispensa a necessidade de redes de proteção em apartamentos
Em março de 2019 uma criança de três anos caiu de um apartamento na Praia do Futuro, em Fortaleza, e morreu no local
Após a morte de uma criança de três anos, que caiu de um apartamento na Praia do Futuro, em Fortaleza, em março deste ano, o diretor da Associação das Empresas Administradoras e Condomínios do Estado do Ceará (ADCONCE), Rudy Fernandes, esclarece a importância da instalação de redes de proteção e como isso pode ser feito nos condomínios.
De acordo com Rudy Fernandes, presidente da ADCONCE, a instalação desse tipo de material é de responsabilidade do morador. No entanto, entre grades ou rede de proteção, a melhor opção é a segunda. “A parte mais segura, atualmente, é a instalação de redes de proteção. Pois, além de impedir a queda de crianças, como o caso ocorrido em Fortaleza nesses últimos dias, também impede a queda de animais domésticos”, explicou.
Como deve ser o material da rede?
“Existem diversos materiais, mas o mais usual é de poliamida. Mas o condomínio pode determinar os padrões que essas redes podem ser instaladas. O condomínio não pode proibir, mas pode determinar, por exemplo, padrão de cor e se essa rede vai ser instalada interna ou externa às varandas. Isso aí pode ser determinado pela assembleia de condomínio.”
Para famílias com crianças, é um tipo de proteção necessária?
“Com certeza. É um item indispensável para segurança. A gente tem alguns condomínios que tentam proibir a instalação, mas como falei, essa decisão já está sendo considerada pela Justiça como inválida porque a questão estética não pode prevalecer sobre a segurança das crianças, o direito à vida.”
Mesmo com apartamento tendo a cortina de vidro, há necessidade da rede de proteção?
“A instalação da cortina de vidro não tira a necessidade da instalação da rede de proteção. A cortina de vidro, em um determinado momento, vai ficar aberta até por uma questão de ventilação. E a gente sabe que criança, qualquer deslize, pode ocorrer um caso grave.”
Redação: Engaja Comunicação