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02/07/2019

Por que gerir o conhecimento em condomínios?

Por que gerir o conhecimento em condomínios?

Vivemos em uma sociedade baseada no conhecimento, decorrente da revolução da informação, iniciada nos anos de 1970, com grande destaque nos anos de 2000.

 

A partir daí, surgem muitas dúvidas em relação aos impactos da tecnologia da informação na vida das pessoas e nos negócios. Levando-nos à única certeza de que a mudança será a única constante. Num tempo onde tudo precisa ser revisto constantemente, adaptado e melhorado.

 

E, não seria diferente na gestão condominial. Para aplicar a gestão do conhecimento no contexto condominial precisamos conhecer alguns conceitos. A gestão do conhecimento dá seus primeiros passos a partir de 1980, no Japão, com a preocupação dos temas inovação e conhecimento. Em 1998, Nonaka e Tateuchi já se preocupavam com a valorização de ativos intangíveis, pois, a contabilidade tradicional não contemplava essa avaliação. Sveiby, em 2001, defende que a gestão do conhecimento se inicia a partir da obsolescência de sistemas de inteligência artificial, e da necessidade de avaliar o contexto do conhecimento na condução dos negócios, iniciando-se o pensamento de que a criação, aprendizado compartilhado, transferência de conhecimento, entre outros, são primordiais para o conhecimento nas organizações.

 

O conhecimento começa a ser entendido como o principal ativo (intangível) das organizações de sucesso, principalmente naquelas onde o talento humano é diferencial, exatamente como nos condomínios. Onde o objetivo deve ser a transformação do conhecimento, inerente aos indivíduos (conhecimento tácito) em um conhecimento explícito, que pode ser transmitido, reproduzido. Surgindo nesse ramo da gestão uma série de concepções úteis para a aquisição, compartilhamento, disseminação e reutilização do conhecimento, aumentando assim os ativos intangíveis e o valor às pessoas e organizações.

 

No ambiente de compartilhamento dos condomínios, as informações envolvidas levam às decisões que afetam esse ambiente em termos de eficiência e eficácia (processos e resultados), relativas à manutenção da edificação, seus equipamentos e convivência das pessoas. O que aumenta o valor financeiro das unidades e a qualidade de vida. Aumentando a relevância do conhecimento nos condomínios. Contudo, as atividades que requerem talento pessoal estão concentradas na figura do síndico ou das administradoras. Esse conhecimento pode ser perdido total ou parcialmente quando há a troca do gestor, implicando num recomeço do zero pelo sucessor. Por isso, para que esses saberes não se percam, a gestão do conhecimento deve ser realizada em condomínios, conjuntamente seus pares (condôminos, inquilinos, terceirizados, especialistas, administradoras, fornecedores). Cabendo a melhor utilização dos saberes pessoais, dos processos e das tecnologias, para transformar conhecimento tácito em explícito de forma que se crie valor tanto à edificação como ao ambiente de moradia ou trabalho de um condomínio.

 

Fonte: Condominio SC


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