Compartilhe:

18/12/2019

Previsão orçamentária: como economizar nas despesas do seu condomínio

Previsão orçamentária: como economizar nas despesas do seu condomínio

Considerado um dos desafios de quem administra condomínios, o planejamento, ou previsão orçamentário, é uma excelente ferramenta para quem quer evitar contas no vermelho e ainda economizar em 2020.

 

Com a chegada do final do ano, surge em pauta nos condomínios um tema determinante para o bom funcionamento do prédio: a previsão orçamentária. Este planejamento será o alicerce do condomínio durante os próximos doze meses, e deve ser tratado com importância e cautela pelos síndicos. Quando o assunto é o planejamento orçamentário do condomínio, ter as metas e projeções para o futuro bem definidas é essencial. 

 

Segundo dados da Associação Brasileira das Administradoras de Imóveis (ABADI), os custos condominiais estão distribuídos da seguinte forma: até 65% alocados em despesas com pessoal; até 18% em despesas com concessionárias (água e energia); até 8% em contratos de manutenção(elevadores, bombas, etc.); até 7% em despesas administrativas e o restante para pequenos gastos.

 

Mas mesmo com essa divisão, o especialista em finanças e sócio da Repense Inteligência Financeira, Frederico Barreto, alerta que é preciso analisar cada caso, quando o assunto se trata de previsão orçamentária. “Os dados são apenas um norte, mas é preciso avaliar o comportamento e as necessidades de cada condomínio, afinal algumas despesas são vitais e outras podem ser avaliadas caso a caso, na hora de economizar”, afirma.

 

Frederico dá cinco dicas que podem ser adotadas por qualquer síndico de como fazer a previsão orçamentária do condomínio para o próximo ano e ainda economizar, evitando dívidas. 

 

1) Identificar todos os custos do condomínio e diferenciar quais são os custos fixos e os variáveis;

De acordo com o especialista, a partir desta identificação são formadas estratégias diferentes para cada um dos grupos. “Normalmente nos custos fixos, como contas de água, luz e despesas regidas por contratos, o nível de flexibilidade é menor e requer uma energia maior para promover mudanças. Já nas despesas variáveis os impactos são imediatos”.

 

2) Definir juntamente com os condôminos quais são os investimentos a ser feitos ao longo do ano e definir uma data para que eles ocorram;

“Os investimentos são ações que requerem maior planejamento por normalmente serem de maior valor e ocasionar impactos de longo prazo, logo, a decisão não deve ser concentrada exclusivamente no síndico. Por exemplo: a troca do revestimento de um edifício, pode ter um custo que impacta no orçamento e requer tempo para ser realizado”.

 

3) Considerar a inflação e os reajustes de preços na peça orçamentária;

“O impacto inflacionário pode gerar forte desequilíbrio no orçamento se não for considerado. Da mesma forma os reajustes contratuais e preços regulados como a água e energia. Podemos tomar como exemplo as bandeiras amarelas e vermelhas na energia e a taxa de contingência cobrada pela CAGECE assim como na conta da ENEL”.

 

4) Consideradas as despesas e investimentos está na hora de determinar qual será a cota condominial;

“Após a consolidação das despesas e eventuais investimentos, este somatório deverá ser dividido tomando como base a fração ideal de cada unidade. Vale salientar que tanto a área privada como a comum de um condomínio obedecem a mesma racionalidade”

 

5) Inadimplência acontece. 

“É preciso também levar em consideração que a inadimplência é um fator que irá acontecer em um condomínio. o não pagamento da taxa condominial alcançou 12% em 2017 o que é um número muito expressivo na gestão de qualquer negócio, logo, deverá ser considerado na peça orçamentária sob pena de haver insuficiência de recursos”, completa Frederico.



Redação: Engaja Comunicação
 


Compartilhe:


Comentários:

Veja também: