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18/01/2021

Síndicos redobram cuidados com a chegada do verão

Síndicos redobram cuidados com a chegada do verão

Piscinas, quadras, saunas, parques, academias e salões. Com a chegada do verão e todo o seu calor, muitos são os moradores que querem aproveitar as áreas de lazer do condomínio. No entanto, com a pandemia, os síndicos têm precisado redobrar esforços ao criar os planos de ação para a temporada da alta estação.

 

Com os administradores priorizando a saúde do coletivo, o verão de muito condômino terá, desde espaços abertos com restrições mais duras, até mesmo áreas que vão permanecer fechadas.

 

“É uma nova realidade, muito complexa e que exige profissionalismo. É preciso assegurar a saúde e o bem-estar de todos, garantindo que a doença não se alastre, já que é de responsabilidade legal do síndico, de acordo com o Código Civil, representar ativa e passivamente o condomínio, em juízo ou fora dele, respondendo pelos atos necessários à defesa dos interesses comuns”, explica Luis Alexandre, consultor para síndicos moradores, gerente de empreendimento e síndico profissional.

 

Ele ressalta ainda que é papel do síndico ser um colaborador, sempre lembrando que o direito coletivo deve ser superior ao particular. “Caso o morador insista em querer quebrar as regras estabelecidas, a dica de ouro é procurar uma oportunidade para ter uma conversa amigável, antes de advertir ou multar. Deixando claro que o seu papel como síndico é zelar por todos os condôminos, e se houver insistência em descumprir as normas, o morador terá que ser multado”, afirma o consultor.

 

Para manter as áreas de lazer abertas durante o verão, a síndica profissional Nina Noronha reforçou os cuidados distribuindo panfletos com as normas e também máscaras para os moradores de alguns dos sete condomínios que cuida.

 

Ao montar seu plano de ação, ela levou em conta estrutura e localização dos condomínios – a maioria em localidades como Guarajuba e Itacimirim –, que possuem áreas e espaços verdes amplos, que dão uma garantia maior de distanciamento nos ambientes externos.

 

“As piscinas são as mais procuradas, e, em um dos condomínios, por exemplo, um funcionário monitora a entrada e saída dos moradores. Caso ela esteja com o número máximo de usuários, o morador volta pra casa e avisamos quando estiver disponível. Mas ainda está sendo preciso enfatizar os cuidados a todo momento, com muitos insistindo em não usar máscara. Porém, tenho observado que as pessoas estão se aglomerando mais dentro de casa do que fora”, conta Noronha.

 

Já o síndico profissional Rildo Oliveira ganhou um tempo extra para garantir que os moradores cumpram as normas, já que dos condomínios que cuida, apenas um possui uma área de lazer significativa com piscina, que estava desativada há algum tempo.

 

A reforma será concluída durante o verão, mas desde já ele vem explicando aos moradores o protocolo que deverá ser seguido para a utilização da mesma.

 

 

Agendamento

De acordo com Oliveira, foi necessário estabelecer um agendamento para o uso da piscina, onde o morador assina um livro deixado na portaria do prédio. Com o tempo de permanência limitado a 1 hora, Oliveira conta que apenas moradores da mesma unidade poderão entrar juntos, mas que há a possibilidade de convidar dois parentes de primeiro grau não residentes.

 

Os condôminos serão os responsáveis pela higienização das cadeiras em seu horário de uso e, claro, as máscaras são obrigatórias para circular pelo prédio, só podendo ser retiradas no espaço da piscina.

 

“O que tem feito com que eu acredite que essas normas serão seguidas é o retorno positivo que tenho tido quanto a isso na utilização de outras áreas do prédio, já que não tenho tido problemas com a questão de descumprimento. Um conselho que dou a meus colegas síndicos é de fazer um informativo bem elaborado, com protocolos possíveis de serem cumpridos e apelar sempre para o bom senso dos condôminos”, relata Oliveira.

 

Prudência

Por outro lado, o síndico profissional Jorge Freitas se manteve firme na cautela com a qual tem gerido desde o início da pandemia as residências sob sua responsabilidade: desde março nenhum dos 11 condomínios em que é síndico voltou a abrir as áreas de lazer. A única exceção foi a abertura de algumas academias, que por possuírem câmeras, ele se sentiu seguro em permitir o uso parcial, tendo em mente que se algum morador infringir a norma de distanciamento, poderá notificar.

 

“É um momento complicado e acredito que temos que prezar pela prudência acima de tudo. Pesquisei e consultei advogados no início da pandemia, e todos me disseram que o melhor caminho seria esse, afinal os síndicos são civil e criminalmente responsáveis sobre o que ocorre dentro do condomínio. Muitos solicitaram a abertura dessas áreas, mas expliquei como isso ficou sob minha responsabilidade e o quão perigosa é a situação. A grande maioria ficou do meu lado e estamos à espera da vacina para começar a liberar outros espaços”, explica Freitas.


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