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23/04/2018

Gás Natural e GLP Residencial e Comercial - Como Prevenir Acidentes

Gás Natural e GLP Residencial e Comercial - Como Prevenir Acidentes

Por Ana Mendonça

 

Sempre que ocorre um acidente de maiores proporções decorrente das instalações de gás no Brasil, abrem-se debates para as questões da segurança e prevenção, onde são abordadas as falhas na segurança e nos projetos/montagens das instalações de gás em ambientes residenciais e comerciais.

 

Em instalações de gás dos imóveis residenciais e comerciais são utilizados dois tipos de gases combustíveis, o GLP (Gás Liquefeito de Petróleo), que são distribuídos em botijões que variam de 13 a 190 Kg, e o GN (Gás Natural) canalizado, distribuído através de tubos enterrados nas ruas das cidades, sob a responsabilidade da Companhias Estaduais de Distribuição de Gás. Em ambos os casos possuem padrões de qualidade e segurança quando instalados, mantidos e operados de acordo com as Normas Técnicas.

 

Quando misturado ao oxigênio do ar o gás forma uma mistura inflamável se estiver dentro de uma faixa chamada de limites de explosividade, assim como na presença de uma fonte de energia ativante, como, por exemplo, centelha, faísca, calor ou chama. Ao atingir o ponto de fulgor este inflama, causando a explosão, que é a expansão do volume e consequente deslocamento de massa de ar próximo.

 

Por ser um gás mais pesado que o ar, o GLP quando disperso em um ambiente com deficiente ventilação procura depositar-se nas partes baixas deste espaço e, dependendo da concentração e do confinamento, pode formar uma mistura inflamável e explosiva. Alguns elementos podem ser o fato desencadeador da explosão, ao encontrar o ambiente perfeito para este fenômeno, por exemplo, geram centelha: o acionamento do acendedor automático das bocas do fogão, do interruptor para acender a luz, do motor do carro.

 

Por ser mais leve que o ar, o Gás Natural canalizado é mais seguro que o GLP, pois se dispersa com mais facilidade na atmosfera. Além disso, seu ponto de combustão/fugor é bem maior do que o do GLP. O risco vazamento existe tanto para o GLP como para o GN e, se acumulado em locais confinados, poderá acarretar em uma explosão ou até mesmo causar asfixia.

 

Os respectivos Corpos de Bombeiros dos Estados aplicam a legislação de segurança contra incêndio e pânico com o objetivo de prevenir acidentes nas áreas da Central de GLP e da Central de Regulagem e Medição do Gás Natural/CRM. O Corpo de Bombeiros fiscaliza quaestões construtivas de tais áreas, localizadas no pavimento térreo e do lado de fora da edificação, construídas conforme as Normas Técnicas vigentes.

 

As centrais de GLP e as redes internas de distribuição de gás são projetadas e contruídas de acordo com as normas técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas/ABNT.

 

As CRMs são projetadas e construídas pelas respectivas Companhias de Distribuição de Gás Natural. Todas as redes, após montadas ou passarem por processo de manutenção, devem passar por um teste de estanqueidade com emissão de Laudo Técnico. Os serviços acima descritos têm um engenheiro como responsável técnico com emissão da Anotação de Responsabilidade Técnica/ART do serviço executado.

 

As centrais de GLP devem estar de acordo com a Norma ABNT NBR 13523:2008, que estabelece os requisitos mínimos exigíveis para p r o j e t o, montagem, a l t e r a ç ã o, localização das centrais de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) com capacidade de armazenamento total máxima de 1500 m³, para instalações comerciais, residenciais, industriais e de abastecimento de empilhadeiras.

 

As redes de distribuição interna para gases combustíveis em instalações residenciais e comerciais - Projeto e execução devem estar de acordo com a Norma ABNT NBR 15526:2012.

 

Abaixo dicas importantes para manter as instalações de Gás Natural e GLP dentro dos padrões de segurança nas edificações:

 

1) Jamais obstrua o acesso ao registro ou válvula de segurança do seu(s) equipamento(s);

 

2) Ao se ausentar por um período prolongado, feche o(s) registro(s) de segurança do gás;

 

3) Solicite a um profissional experiente que posicione o(s) registro(s) de segurança em local(is) acessível(is) para deficientes físicos;

 

4) Mantenha o aquecedor de gás sempre limpo, regulado e em local ventilado;

 

5) Mantenha produtos e objetos inflamáveis longe dos equipamentos a gás;

 

6) Não utilize o aquecedor de água ou sua chaminé para secar roupas ou armazenar produtos de qualquer espécie;

 

7) Jamais deixe que crianças mexam em aparelhos e equipamentos a gás;

 

8) Providencie a instalação de um detector de vazamento de gás nas proximidades do(s) aparelho(s) em caso de morador com deficiência olfativa;

 

9) Fique atento ao prazo de validade da mangueira flexível (que liga o botijão ou o ponto de gás de gás ao fogão), do regulador de segundo estágio e do estabilizador de pressão (prazo de validade de 5 anos);

 

10) Importante manter os equipamentos limpos. Utilize um pano de algodão com detergente neutro para limpar a mangueira flexível, o regulador de segundo estágio e o estabilizador de pressão;

 

11) Se utilizar botijão de 13 Kg, mantenha-o sempre em local ventilado. Caso aconteça um vazamento o gás não irá acumular;

 

12) Manuseie a troca do botijão de 13 Kg somente com as mãos, jamais utilize ferramentas para não danificar o mesmo;

 

13) Se sentir cheiro de gás: não acenda a luz, não acione o acendedor automático do fogão, ventile o ambiente abrindo portas e janelas, verifique se os registros do equipamento a gás estão fechados, comunique-se imediatamente com uma empresa especializada ou com o Corpo de Bombeiros;

 

14) Se for construir, fazer reforma, manutenção ou Teste de Estanqueidade, procure sempre um profissional qualificado e exija o cumprimento das Normas Brasileiras vigentes, o certificado de registro no CREA da empresa e a ART dos serviços prestados.

 

www.tecnogas.com.br

 

www.evoluaenergy.com.br


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