Direito Condominial - Wellington Sampaio
Advogado – OAB/CE nº 25.274. Formado em Direito pela Universidade de Fortaleza – UNIFOR. CEO do Escritório Wellington Sampaio Advocacia. Diretor Jurídico da WS Gestão de Cobrança. Presidente do Instituto ds Desenvolvimento e Estudo do Direito Condominial – InDDIC Diretor Jurídico da Associação das Administradoras e Condomínios do Estado do Ceará – ADCONCE. Pós-Graduado em DIREITO IMOBILIÁRIO pela Escola Superior da Advocacia em parceria com a Faculdade FAMETRO. MBA em GESTÃO CONDOMINIAL pela Faculdade Cândido Mendes – Em curso. MBA em GESTÃO EMPRESARIAL pela FGV – Em curso. Membro da Comissão de Direito Imobiliário da OAB/CE – 2016/2018. Sub Coordenador da subcomissão de Direito Condominial da OAB/CE – 2016/2018. Presidente do Instituto de Desenvolvimento e Estudo do Direito Condominial – InDDIC – 2017/2020. Secretário Geral da Comissão dos Advogados em Início de Carreira da OAB/CE – 2013/2015. Associado da ABAMI – Associação Brasileira dos Advogados do Mercado Imobiliário. Facilitador de temas relacionados ao Direito Condominial e Imobiliário. Detentor de experiência na advocacia imobiliária, atuando em prol da defesa dos interesses de Construtoras e Incorporadoras, Imobiliárias e Administradoras de Condomínios. Detentor de experiência na advocacia empresarial, atuando em prol da defesa dos interesses de empresas de Terceirização de Mão de Obra, Locação de Equipamentos de Grande Porte, Indústrias e varejistas.
CONDOMINIOS DEVEM SEGUIR AS DIRETRIZES DA LEI DE PROTECAO DE DADOS QUE ENTRARA EM VIGOR EM 2020.
A Lei 13.709/2018 foi promulgada e entrará em vigor em 2020, de modo que todas as pessoas, jurídicas ou físicas, que lidarem com dados pessoais, estarão obrigadas ao fiel cumprimento da legislação supracitada, nos termos do artigo abaixo, o que inclui os condomínios:
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre o tratamento de dados pessoais, inclusive nos meios digitais, por pessoa natural ou por pessoa jurídica de direito público ou privado, com o objetivo de proteger os direitos fundamentais de liberdade e de privacidade e o livre desenvolvimento da personalidade da pessoa natural.
Sabe-se que no segmento condominial existem algumas formas de obtenção de dados pessoais, a saber: cadastro dos condôminos e cadastro de prestadores de serviços e visitantes, por meio do controle de acesso existente no empreendimento.
A Lei visa garantir o direito de liberdade e privacidade dos titulares dos dados, de modo que caberá ao condomínio informar taxativamente aos mesmos que os dados obtidos, sobretudo, aqueles oriundos do controle de acesso existente, serão submetidos à tratamentos adequados, tudo, em prol da segurança de todos, nos termos do artigo abaixo:
Art. 9º O titular tem direito ao acesso facilitado às informações sobre o tratamento de seus dados, que deverão ser disponibilizadas de forma clara, adequada e ostensiva acerca de, entre outras características previstas em regulamentação para o atendimento do princípio do livre acesso:
I - finalidade específica do tratamento;
II - forma e duração do tratamento, observados os segredos comercial e industrial;
III - identificação do controlador;
IV - informações de contato do controlador;
V - informações acerca do uso compartilhado de dados pelo controlador e a finalidade;
VI - responsabilidades dos agentes que realizarão o tratamento; e
VII - direitos do titular, com menção explícita aos direitos contidos no art. 18 desta Lei.
O Síndico, neste sentido, assume o papel de controlador dos dados, podendo, sim, responder civil e criminalmente, caso ocorra um tratamento inadequado dos dados:
Art. 42. O controlador ou o operador que, em razão do exercício de atividade de tratamento de dados pessoais, causar a outrem dano patrimonial, moral, individual ou coletivo, em violação à legislação de proteção de dados pessoais, é obrigado a repará-lo.
§ 1º A fim de assegurar a efetiva indenização ao titular dos dados:
I - o operador responde solidariamente pelos danos causados pelo tratamento quando descumprir as obrigações da legislação de proteção de dados ou quando não tiver seguido as instruções lícitas do controlador, hipótese em que o operador equipara-se ao controlador, salvo nos casos de exclusão previstos no art. 43 desta Lei;
II - os controladores que estiverem diretamente envolvidos no tratamento do qual decorreram danos ao titular dos dados respondem solidariamente, salvo nos casos de exclusão previstos no art. 43 desta Lei.
A Lei visa, inclusive, coibir abusos que rotineiramente vinham sendo praticados, como é o caso do repasse de dados cadastrais e pessoais à terceiros, ou mesmo à prestadores de serviços, sem o aval expresso do titular.
Em sendo assim, esta, sem sombra de dúvidas, é mais um normativo que deverá ser cumprido de forma rigorosa, face às punições que lá existem.